sexta-feira, 21 de março de 2014

0 Google e 40 instituições lançam sistema para monitorar florestas

 

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googleO World Resources Institute, um think tank americano que estuda energias renováveis, lançou com o Google e 40 instituições internacionais um sistema capaz de monitorar com rapidez o estado das florestas no mundo.

A ideia do Global Forest Watch (GFW), como foi batizada a plataforma, é permitir um melhor manejo dos recursos florestais mundiais.

É um trabalho inspirado no monitoramento do desmatamento da Amazônia feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) há 20 anos.

Exibindo onde ocorre o desmatamento e em qual taxa, a intenção é melhorar a ação dos governos, das empresas e das ONGs.

Na base deste esforço está um fato impressionante: o mundo perdeu 2, 3 milhões de quilômetros quadrados (ou 230 milhões de hectares) de cobertura florestal entre 2000 e 2012, segundo dados da Universidade de Maryland e do Google. Isso equivale à perda de 50 campos de futebol de florestas a cada minuto nos últimos 12 anos. Os países com a mais alta taxa de perda florestal foram a Rússia, o Brasil, o Canadá, os Estados Unidos e a Indonésia.

"O Global Forest Watch é uma plataforma em tempo quase real que vai mudar fundamentalmente a maneira que as pessoas e os negócios administram as florestas", diz Andrew Steer, presidente do WRI. "A partir de agora, os vilões não poderão se esconder e os mocinhos serão reconhecidos pelo seu bom trabalho". O lançamento da plataforma aconteceu em Washington e reuniu representantes de governo, empresários e sociedade civil.

"O GFW é uma visão ambiciosa", disse Rebecca Moore, gerente do Google Earth Outreach and Earth Engine, responsável pelo projeto. "Nunca foi feito nada assim antes."

"Desmatamento é matéria de risco para os negócios relacionados com a produção florestal", disse o CEO da Unilever Paul Polman, segundo o material de divulgação. "O GFW é uma ferramenta fantástica para prover a informação que necessitamos com rapidez na tomada de decisões".

O sistema promete exibir a perda anual da cobertura vegetal no mundo, assim como os ganhos, com uma resolução de 30 metros. As imagens ficarão disponíveis para análise e download. Mensalmente haverá dados para áreas tropicais com resolução de 500 metros. Os dados serão públicos e gratuitos.

Além de possibilitar que empresas monitorem melhor sua cadeia de fornecedores, a plataforma poderá servir ao setor financeiro para avaliar melhor o perfil dos tomadores de empréstimos. "Compradores de commodities como soja, madeira, óleo de palma e carne poderão monitorar melhor suas compras de acordo com os princípios e padrões de sustentabilidade", diz o release do evento.

Entre as instituições que participaram da criação do GFW estão também o instituto brasileiro Imazon e o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Os maiores financiadores do projeto foram a Norwegian Climate and Forests Initiative, o U.S. Agency for International Development (USAID), o U.K. Department for International Development (DFID) e o fundo ambiental do Banco Mundial (GEF).

Fonte: Daniela Chiaretti VE

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